Acontece no IESLA

Crise de mestres e doutores

Mariana Niederauer – Correio Braziliense

“No Brasil, a quantidade de pós-graduados stricto sensu é baixa se comparada à de países como EUA, Austrália e Portugal. A carência é maior na indústria e no comércio, que reúne apenas 9,35% deles.”

Edíson Rodrigues/CB/D.A Press

Otavio Luiz fez pós-doutorado e optou pelo setor público: “Sei que sempre há uma porta aberta no mercado”

O desenvolvimento de qualquer país depende de profissionais qualificados para pesquisar, difundir conhecimentos e gerar tecnologias. Todos os trabalhadores contribuem em algum grau para esse processo, mesmo aqueles que executam serviços básicos. Mas é uma parcela muito menor do mercado, a que tem níveis mais altos de capacitação, que poderá alavancar esse crescimento, pois possui experiência decisiva para contribuir na criação de tecnologias inovadoras. O Brasil já soma 568 mil pós-graduados stricto sensu (doutores e mestres), mas o número de titulados a cada 1 mil habitantes ainda é menor do que o de países desenvolvidos.

O dado é do levantamento Doutores 2010, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Uma atualização dos números — que será divulgada oficialmente no fim deste mês, a partir de dados preliminares do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) —, mostra que o Brasil tem 1,9 doutor a cada mil habitantes com idade entre 25 e 64 anos. Está abaixo de países como Estados Unidos (8,4), Austrália (5,9) e Portugal (2,1).

Além de continuar expandindo o número de titulados por ano, o próximo desafio da pós-graduação nacional será colocar mais mestres e doutores dentro das empresas. Desses últimos, hoje, apenas 3,29% trabalham no setor produtivo. Na administração pública, por sua vez, são 11,06%. É o caso do consultor da União na Advocacia-Geral da União (AGU) Otavio Luiz Rodrigues Junior, 37 anos. Ele tem pós-doutorado em direito privado internacional pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, e em direito constitucional pela Universidade de Lisboa. Para Otavio Luiz, a alta qualificação o torna mais competitivo e traz independência profissional. “Sei que sempre há uma porta aberta no mercado. Se as situações de trabalho ou financeiras se tornarem adversas, tenho alternativas. Eu continuo na AGU porque quero e não porque dependo desse emprego”, explica.

Já o número de mestres alcança 4,3 a cada mil brasileiros entre 25 e 64 anos. E a participação deles no setor produtivo chega a 11,22%. “A dinâmica do mercado é melhor para os mestres do que para os doutores. Eles são mais baratos. É mais fácil moldá-los à necessidade da empresa”, aponta o diretor do CGEE, Antônio Galvão. Apesar dos números mais animadores, a quantidade de mestres também precisa aumentar. Atualmente, são formados 40 mil a cada ano. Segundo o novo Plano Nacional da Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, o ideal é que, até 2020, esse número chegue a 60 mil.

A necessidade de mais pós-graduados nas empresas brasileiras motivou a criação do programa Ciência sem Fronteiras, que, além de graduação, oferece oportunidades de doutorado e pós-doutorado. Das 75 mil bolsas prometidas pelo governo federal, quase 46 mil são para esses profissionais. Outras 26 mil são concedidas com recursos da iniciativa privada. “Todas as áreas têm cursos bons de pós-graduação no Brasil. Mandar os estudantes para fora é uma forma de colocá-los num ambiente onde eles tenham exemplos e vejam como é fazer pesquisa aplicada às empresas”, justifica o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. O desafio será avaliar os resultados. O impacto do Ciência sem Fronteiras na indústria brasileira só poderá ser visto, segundo Oliva, daqui a cinco ou 10 anos.

Competitividade

Inovação é uma palavra-chave nesse cenário. No último dia 5, o Banco Central reduziu a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,5% para 2,5%. De acordo com o presidente do CNPq, além de refletir a crise internacional, isso mostra a perda de competitividade pelo fato de o país não ter incorporado inovação o suficiente. Ele lembra que, há 10 anos, as empresas podiam comprar uma tecnologia de segunda geração — pois a mais recente é sempre guardada pela própria corporação que a vende — e lidar bem com as demandas do mercado. Atualmente, porém, algumas tecnologias duram apenas meses. “Ou as empresas se envolvem em gerar as próprias inovações, ou vão ser cada vez mais penalizadas. A economia brasileira depende bastante de que a gente consiga incorporar inovação”, ressalta.

Apesar de as oportunidades para pessoas que possuem pós-graduação no Distrito Federal estarem concentradas no setor público, a gerente administrativa Alessandra Mayrink, 39 anos, trabalha em uma empresa de assistência médica e descarta a possibilidade de prestar concursos. Ela acredita que não terá o mesmo reconhecimento que alcançou no setor privado. Alessandra tinha especialização em marketing e a empresa ofereceu a chance de ela fazer outra pós, em gestão empresarial. “Tinha muito a ver com a tarefa que eu estava assumindo no momento, então, aproveitei a oportunidade”, relata. Dessa forma, conseguiu melhorar seu desempenho. “A especialização dá a você uma base teórica para entender melhor o trabalho desenvolvido, bem como o que as empresas e os funcionários esperam de você”, conclui.

PARCERIAS

Em 9 de julho, foi divulgada parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação Lemann, dos EUA. Serão oferecidas bolsas de estudos em seis universidade norte-americanas — entre elas Harvard e Stanford — pelo programa Ciência sem Fronteiras. Outra parceria foi feita em 21 de junho. A China vai reservar 5 mil vagas para estudantes brasileiros em universidades locais. As bolsas devem ser oferecidas até 2015.

——————————–

Ciência sem Fronteiras

www.cienciasemfronteiras.gov.br

Posts relacionados:

Sear Jasube Gouveia (Vice-Presidente)

Uma instituição de ensino deve ajudar a nutrir as esperanças do mundo: na solução de desafios que atravessam fronteiras; no desbloqueio e aproveitamento de novos conhecimentos; na construção de entendimento cultural e político, e em ambientes de modelagem que promovam o diálogo e o debate das ideias.

O IESLA acredita que as pessoas fazem o lugar onde vivem.

A partir da crença e valores, que ensejaram a criação do IESLA, “de que melhorando o homem melhoramos a nação”, o IESLA vem oferecendo aos brasileiros, angolanos e outros, acesso a mestrados e doutorados nas melhores universidades da Argentina, Portugal e Estados Unidos, proporcionando uma experiência acadêmica de altíssimo nível, além de um riquíssimo intercambio cultural. Em um formato que permite as pessoas conciliarem sua vida profissional e pessoal com a acadêmica. Atendendo, dessa forma, a carência histórica de mestrados e doutorados ofertados no Brasil, em Angola e outros países.

O IESLA está comprometido em continuar contribuindo com a formação acadêmica e profissional das pessoas; por isso, ampliou seu leque de cursos passando a oferecer cursos à distancia, cursos livres, MBA, além de ter aumentado as opções de mestrados, doutorados e pós-doutorados nas mais variadas áreas do conhecimento.

Visite nossos sites e conheça as novidades!

Nós do IESLA acreditamos que as pessoas fazem uma instituição grande, então se você é um estudante em perspectiva, estudante atual, professor, pesquisador, membro da equipe, mãe, pai, filho, amigo, ou visitante, o seu interesse e entusiasmo são muito importantes, valorizados e apreciados.
Estaremos sempre a sua disposição.

Dr. Cilas Rosa (Gestor de Patrimônio)

Atualmente muitos confundem conhecimento com sabedoria, mas são conceitos de significações distintas. Se nos atentarmos, podemos perceber diferenças evidentes.

O conhecimento é informação ou noção adquirida pelo estudo ou pela experiência. Que pode ser adquirido por alguém que nunca tenha saído de dentro do local onde se realiza os estudos.

A pessoa se dedicou a pesquisar algo e acumulou grande conhecimento sobre determinado tema.
Já a sabedoria ou sapiência é o que detém o “sábio” ou “Phronesis” – usado por Aristóteles na obra Ética a Nicômaco para descrever a “sabedoria prática”, ou a habilidade para agir de maneira acertada.

Sabedoria humana seria a capacidade que ajuda o homem a identificar seus erros e os da sociedade e corrigi-los. Para se ser sábio é preciso viver, experimentar, desfiar, avaliar, interagir, respeitar, ver e ouvir aos outros e a própria vida.

Antigamente um povo dominava outro sempre pela via bélica, milhares de soldados armados invadiam territórios e escravizada outros. Hoje a invasão não parou, a vontade de dominar não acabou. O desejo de se colocar na posição de dominante ainda está presente.O que mudou são as armas, não se está invadindo com exércitos e acabando com tudo.

Agora o domínio é exercido por quem detém o conhecimento, quem sabe o que fazer e como fazer, domina e, tem os outros sob o seu controle. Nosso país tem proporções continentais, riquezas naturais imensos, praias maravilhosas. Sim, temos um potencial de crescimento que talvez nenhum outro país do mundo possua. Mas o que acontecerá a tantas riquezas naturais se não tivermos um povo preparado, com conhecimento e sabedoria para fazer esse potencial se transformar em benefício e dividendos econômicos?

O que o IESLA propõe a todos é tanto o conhecimento como a sabedoria. Propiciamos o melhor ambiente para o acúmulo de conhecimento, atrelado a interatividade com pessoas de culturas e de atividades profissionais variadas, impulsionando cada participante dos programas ao passo que faltava em direção ao desenvolvimento.

Conte conosco!

Estamos preparados para oferecer a você o que faltava na sua formação acadêmica e/ou profissional.

Dra. Sara Bernardes (Fundadora e Reitora)

O IESLA – Instituto de Educação Superior Latinoamericano vem construindo uma história de compromisso e excelência na educação brasileira. Pautado em uma visão global vem cumprindo com honradez a responsabilidade social com a educação superior no Brasil, na Argentina, na África, nos Estados Unidos e em outros países da América Central. Por entender que o capital humano é o mais precioso ativo de uma nação, o IESLA tem sido aclamado como referência em toda América Latina no segmento educação superior em nível de mestrados, MBA, Doutorados e Pós-doutorados ministrados na modalidade intensiva.

O Instituto de Educação Superior Latinoamericano, orgulhosamente, investe na melhoria da educação brasileira e global.

O IESLA tem a missão de formar, especializar, qualificar e preparar alunos para o desenvolvimento pessoal e profissional por intermédio de projetos pedagógicos arrojados e de conteúdos atuais com sólida base científica, acadêmica ou executiva e profissional que atendam às exigências do mercado e as expectativas dos candidatos aos programas escolhidos.

O IESLA é uma instituição de ensino comprometida com a excelência educacional em todos os níveis.

A razão de persistirmos é você.

Matricule-se em um de nossos cursos.

Você sabia que mais de 80% dos estudantes optam por fazer a graduação ou a Pós mais perto de casa? Para favorecer sua qualidade de vida, o IESLA se instalou na melhor localização do Vetor Norte (Pampulha). Venha conhecer o local onde você vai passar os próximos anos de sua vida estudando e enriquecendo a sua formação profissional, isso é extremamente importante. Por isso, o IESLA, abre as suas portas para que seus futuros alunos possam conhecer nossa estrutura e iniciar uma nova etapa na educação superior.
Será um prazer receber você!