O número de doutores brasileiros cresce cerca de 10% ao ano, conforme informações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Há algum tempo, grande parte desses profissionais acabavam direcionando suas carreiras para a área acadêmica, porque a remuneração de um doutor é muito expressiva e as empresas não estavam dispostas a pagar altos salários. Entretanto, o mercado de trabalho revela que essa realidade passa por uma mudança no Brasil. As empresas vêm valorizando este título e entendendo que quanto mais qualificado o seu funcionário, mais valor ele agrega a organização.
A diretora executiva do Instituto de Educação Superior Latinoamericano (IESLA), em Belo Horizonte, Sara Bernardes, explica que as empresas estão percebendo as necessidades do mercado e mudando a postura. “A carreira acadêmica ainda é a primeira opção, contudo, as empresas estão observando que, sem mão de obra qualificada, a produtividade cai. A situação tem estimulado o crescimento do número de vagas nas empresas destinadas a acadêmicos”, explica.
Atualmente, o Governo é quem abriga o maior número de profissionais com qualificação elevada. “As estatais como BNDES, Banco Central e Eletrobrás valorizam os títulos adquiridos pelos funcionários, enquanto nas empresas privadas isso está demorando acontecer, principalmente, pela remuneração. Porém, os empresários estão percebendo que o salário é um investimento necessário”, observa Sara.
Os dados da Capes revelam que mais de 64 mil alunos estão inscritos em cursos de doutorados no Brasil. Atentas a esse mercado, as entidades parceiras e a IESLA abrem inscrições para os programas de mestrado e doutorado na área de economia e direito. Elas possuem um convênio com a Universidade Federal de La Matanza, UBA – Universidade de Buenos Aires e com a Pontifícia Universidade Católica de Buenos Aires, ambas na Argentina, na qual os profissionais podem se inscrever para Doutorado em Economia, Mestrado em Relações Econômicas Internacionais e Mestrado em Direito Empresarial Econômico, e outros. “O Brasil é uma potência em ascensão. A economia está aquecida e o cenário muda a todo tempo e, por isso, é importante estar atento a essas modificações”, alerta Sara.
Os cursos estão focados no cenário econômico atual, visando, principalmente, as relações decorrentes do Mercosul. Os acadêmicos buscam desenvolver atividades para gerar serviços úteis à sociedade com pesquisas sobre vários temas econômicos e ligados ao direito. “Os programas de pós graduação garantem uma nova perspectiva mercadológica para estudantes brasileiros com módulos presenciais somente nas férias de janeiro e julho. A experiência internacional é diferencial e crucial ponto positivo no currículo”, ressalta.
Fonte: www.jornow.com.br