As dificuldades para conseguir uma vaga nos cursos de doutorado no Brasil e a vontade de ampliar os horizontes do aprendizado motivaram Rosemary Barbosa Silva, de 43 anos, a buscar a pós-graduação em uma universidade da Argentina. Realizado em quatro módulos, sempre no período das férias, o doutorado de Rosemary é uma parceria da IESLA com uma instituição de ensino do país vizinho.
Graduada em administração e ciências contábeis, Rosemary elegeu a Argentina para dar continuidade aos estudos por sua familiaridade com o espanhol e proximidade do país com o Brasil. A possibilidade de conciliar as aulas com as férias dos dois filhos também fez com que ela se interessasse pelo doutorado do exterior. As aulas são bem intensas e o tempo é corrido, mas com dedicação e disciplina não é difícil acompanhar. A parte presencial das pós-graduações acontece em janeiro e julho, no período de 15 dias.
A Argentina é um dos três países com os quais o IESLA mantém convênio – Portugal e Espanha completam a lista. A instituição brasileira faz a intermediação dos interessados com as 15 escolas parceiras e auxilia os alunos antes e durante a pós-graduação. Em cada período, a IESLA envia cerca de mil alunos para fora do país. De acordo com o coordenador acadêmico da instituição, Joaquim Miranda, a grande procura por pós-graduação no exterior explica-se pelo baixo número de ofertas no Brasil. No país existe um número pequeno de doutores na área da Justiça e, ao mesmo tempo, a oferta de cursos é baixa. Entre os nossos alunos, temos ministros, funcionários do Supremo Tribunal Federal, advogados em início de carreira e outros profissionais da área que querem se qualificar.
Outro aspecto ressaltado por Joaquim é o custo-benefício dos mestrados e doutorados fora do Brasil. Na Argentina, o investimento é menor do que aqui no país. Para fazer a pós-graduação no país vizinho, pela IESLA, o valor médio é R$ 30 mil. Além de auxiliar o aluno nos processos burocráticos, como documentação e envio do currículo às universidades, a IESLA oferece curso de espanhol gratuito aos candidatos, em parceria com o Instituto Cervantes. A instituição também concede bolsas de estudos, que hoje beneficiam 15% dos alunos.
Fonte: impresso.em.com.br