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HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO EM IDOSOS: NÃO É UMA DOENÇA BENIGNA

Lucas Bernardes Miranda, médico
Ernest Braxton, médico
Hobbs José, médico
Matthew Quigley R., médico

Departamento de Neurocirurgia do Hospital Geral Allegheny, em Pittsburgh, Pensilvânia

Siglas e abreviaturas utilizadas neste trabalho:
HSC = hematoma subdural crônico, RR = risco relativo.
Publicado online em 24 de setembro de 2010;

Resumo

Objeto

O hematoma subdural crônico (HSC) é tido como “benigno” e facilmente tratável no idoso, mas os períodos de seguimento estudados são breves e geralmente limitados à hospitalização aguda.

Métodos

Os autores conduziram uma análise retrospectiva dos dados obtidos através de uma série de pacientes adultos identificados prospectivamente, de forma consecutiva, atendidos naquela instituição entre setembro de 2000 e fevereiro de 2008, os quais apresentavam uma TC (tomografia computadorizada) diagnosticando HSC (Hematoma Subdural Crônico). Dados de sobrevida foram comparados com a tabela de sobrevivência da população americana.

Resultados

Dos 209 casos analisados, 63% eram homens e a idade média foi de 80,6 anos (variação 65-96 anos). As intervenções cirúrgicas primárias foram: burr hole em 21 pacientes, trepanação única tipo twist-drill com drenagem em sistema fechado realizada em 44, e craniotomia em 72. Outros 72 pacientes foram simplesmente observados. Re-operações foram registradas em 5 pacientes, dos quais 4 haviam sido previamente submetidos à drenagem por twist-drill e 1 que havia sido submetido ao procedimento de burr-hole (p = 0,41, a análise do qui-quadrado). Trinta e cinco pacientes (16,7%) morreram no hospital, 130 foram dispensados para a reabilitação ou para uma instituição de cuidados especializados e 44 voltaram para casa. O período de acompanhamento se estendido a um máximo de 8,3 anos (média de 1,45 anos). As taxas de mortalidade de seis meses e de 1 ano foram 26,3% e 32%, respectivamente.

Na análise multivariada (regressão logística “passo-a-passo”), o único fator preditor de óbito intra-hospitalar foi o estado neurológico na admissão (OR 2,1, p = 0,02, para cada etapa). Após a alta-hospitalar, a média de sobrevida no grupo restante foi de 4,4 anos. No modelo de Cox, apenas a idade (risco relativo [RR] 1.06/ano, p = 0,02) e alta hospitalar (RR 0,24, p = 0,01) foram relacionados à sobrevivência, ao passo que o tipo de intervenção, a realização de cirurgia, o tamanho do hematoma subdural, a quantidade de deslocamento, os hematomas subdurais bilaterais e o uso de anticoagulante não afetou a taxa de mortalidade a longo ou a curto prazo.

A comparação de sobrevivência após a alta-hospitalar com a curva atuarial de sobrevivência prevista demonstrou uma mortalidade significativamente maior no grupo HSC (sobrevivência média de 4,4 versus 6 anos, respectivamente; RR 1,94, p = 0,0002 teste log-rank). Esta alta taxa de mortalidade também foi observada nos primeiros 6 meses após a alta hospitalar, com evidência de normalização após um ano.

Conclusões

Neste primeira publicação do desfecho a longo prazo de pacientes idosos com HSC, os autores observaram uma mortalidade excessiva e persistente por mais de 1 ano após o diagnóstico. Isso desmente a noção de que o HSC é uma doença benigna e coloca o HSC como um marcador de outras doenças crônicas subjacente assim como a fratura de quadril.

PALAVRAS-CHAVE: hematoma subdural crônico, resultado; sobrevida atuarial; idosos.

*Artigo publicado em 2010 no Journal of Neurosurgery, revelando a alta taxa de mortalidade dos pacientes.

Clique aqui para ler na íntegra.

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Sear Jasube Gouveia (Vice-Presidente)

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